terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Companheiros do Além

Tenho três namorados
Não posso vê-los
Mas consigo senti-los
Não saem do meu crânio
deixando meu cérebro inquieto
Pensativo, solto, aberto

Os impossíveis possíveis
Tem os seguintes nomes:
Raul Seixas, Chico Science e Bob Marley
O 1 um mito do rock
O 2 inovador da música regional
O 3 o maior símbolo do reggae

São as moscas que pousam em minha sopa
Que ficam no meu quarto a zumbizar 'zum, zum'
E não adianta vir os dedetizar
Pois nem o DDT pode assim os exterminar
Porque cê mata um
Mais vem outro em seu lugar

São multicoloridos cérebros
Sintonizam, emitem, longe
Multicoloridos homens
Andam, sentem, amam
Acima, embaixo de tudo
Com imprevisibilidade de comportamento

São ainda três pequenos pássaros
Que passam pela porta do meu quarto
Cantarolando músicas doces de melodias
Puras e verdadeiras, dizendo:
Não se preocupe com nada
Porque tudo vai ficar bem

A batida das músicas penetram em mim
Ocorrendo uma lavagem cerebral
São mais capazes do que eles próprios
Haveriam de pensar
Se a vida tem cor
Eles dão cor a minha

Os heróis do meu sonho
Melodias únicas e insubstituíveis
Definem meu pensamento crítico
Diferente do distorcido
Ouvi-los é meu dever de casa eterno
Outro significado tem o universo

Por isso, a maior presença na minha vida
É a ausência deles
Hoje faço o que gosto
E não o que me mandam fazer
Perco o controle, saiu de mim
Penso globalmente

São literalmente formas de música
Que me eleva e inspira
Consigo sentir as letras
Em minha cabeça
É como se um novo sangue
Entrasse por baixo da pele

- Eles não estão mortos, porque se estivessem mortos, eu não estaria falando deles agora!

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