domingo, 20 de março de 2011

O Tudo e o Nada Se Completam

Nós podemos tudo... E ao mesmo tempo não podemos nada.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Aos 17

Já faz um bom tempo que tomei a decisão de me aposentar do esporte, e não vejo outra coisa que mais se assemelha ao fato, do que um texto do jornalista e escritor brasileiro Caio Fernando de Abreu.

''Mas, se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais, por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia - qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por que. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquele momento vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse. Eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!''.

''Afastarei você com o gesto mais duro de desistir e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove e que sua precisão de mim não passa de fome. Quero esquecer completamente. E sei que nunca esquecerei''.