domingo, 7 de novembro de 2010

O que me mata ainda viva

Tento externamente manter- me forte
Porém, choro por dentro
São lágrimas solitárias
Numa tentativa de esvaziar a alma
Que derrama esse líquido tão duplo de sentido

Acabou... Tudo está acabado

Não há como explicar a sensação
Perdi o que fazia os meus olhos brilharem
O que fazia sentir-me eu
Agora só restaram as cinzas
Derramadas sobre a face

Acabou... Tudo está acabado

Além das melhores lembranças
Um novo dilema invadiu a cabeça.
Foram-se os amigos
Foram-se os professores
Foi-se o sonho natural

Acabou... Tudo está acabado

É fácil sentir a mudança de expressão
O modo como ela se infiltrou
Posso enxergar meu último passo
Minha última palavra
Meu último riso

Acabou... Tudo está acabado